quinta-feira, 7 de novembro de 2013

QUANDO A PRAIA DEIXA DE SER PRAIA


QUANDO A PRAIA DEIXA  DE SER PRAIA

O litoral brasileiro é de mais de 7400 km  e sua  urbanização   trouxe consigo  a  explosão demográfica, a explosão imobiliária,  prédios altos  roubando horas de o sol sobre a areia , o despejo de esgoto e águas pluviais no mar trazendo a hepatite e outras doenças, cães que  urinam e defecam nas areias  trazendo  as doenças de pele, os fungos, o bicho geográfico e o bicho do pé,  a ocupação da areia com quiosques quando não existe faixa de areia suficiente,  os vendedores ambulantes com alimentos suspeitos, a poluição visual e sonora, os piqueniques e  os estacionamentos indevidos e carros com som em altíssimo volume , a destruição  da flora rasteira, a destruição da paisagem nativa e o fim da pureza original. Isto não é mais praia !!! Um espaço contaminante, impróprio para os brasileiros e motivo  de desprezo dos turistas. Assim, somos responsáveis por ação ou omissão desta destruição do nosso litoral. O imaginário do turista estrangeiro e  mesmo de brasileiro de outras regiões  está cada dia mais distante da realidade apresentada.  A frustração e a decepção  são evidentes.

Precisamos  gerenciar de modo permanente as praias para reverter a situação nas  deterioradas e prevenir  nas que ainda  estão preservadas.

 A irracionalidade criminosa e deformadora  do ambiente natural tornou-se  banal  e normal na mentalidade atrasada da população brasileira que aceita passivamente ou  atua como agente desta cultura inconsequente e vergonhosa. A elite idiota usa seu poder  político ou econômico associado a ganância ignorando o prejuízo  que todos pagarão de modo  irreversível.

“Se você não procura a solução então  faz parte do problema”.
Ernesto Brand Neto - Turismólogo e Agente de  Turismo