QUANDO A PRAIA DEIXA
DE SER PRAIA
O litoral brasileiro é de mais de 7400 km e sua urbanização trouxe consigo a
explosão demográfica, a explosão imobiliária, prédios altos
roubando horas de o sol sobre a areia , o despejo de esgoto e águas
pluviais no mar trazendo a hepatite e outras doenças, cães que urinam e defecam nas areias trazendo
as doenças de pele, os fungos, o bicho geográfico e o bicho do pé, a ocupação da areia com quiosques quando não
existe faixa de areia suficiente, os
vendedores ambulantes com alimentos suspeitos, a poluição visual e sonora, os
piqueniques e os estacionamentos
indevidos e carros com som em altíssimo volume , a destruição da flora rasteira, a destruição da paisagem
nativa e o fim da pureza original. Isto não é mais praia
!!! Um espaço contaminante, impróprio para os brasileiros e motivo de desprezo dos turistas. Assim, somos
responsáveis por ação ou omissão desta destruição do nosso litoral. O
imaginário do turista estrangeiro e
mesmo de brasileiro de outras regiões
está cada dia mais distante da realidade apresentada. A frustração e a decepção são evidentes.
Precisamos gerenciar
de modo permanente as praias para reverter a situação nas deterioradas e prevenir nas que ainda
estão preservadas.
A irracionalidade
criminosa e deformadora do ambiente
natural tornou-se banal e normal na mentalidade atrasada da população
brasileira que aceita passivamente ou atua como agente desta cultura inconsequente e
vergonhosa. A elite idiota usa seu poder político ou econômico associado a ganância
ignorando o prejuízo que todos pagarão
de modo irreversível.
“Se você não procura a solução então faz parte do problema”.
Ernesto Brand Neto - Turismólogo e Agente de Turismo