Quantos secretários estaduais e municipais de turismo estudaram turismo ou trabalharam com o turismo ???
Poucos dos que dirigem
o turismo municipal ou estadual tem
conhecimento ou experiência na área. São nomeados e praticam a administração intuitiva. Um grande desperdício de recursos
vem acontecendo nos últimos 40 anos em todo o Brasil e inclusive na
Embratur e Ministério do Turismo. O resultado é insignificante e certamente
independe das ações executadas nos três
níveis de governo. Se temos alguma atividade
econômica no turismo brasileiro este é resultante da
iniciativa privada, das viagens promovidas pelas necessidades da indústria, agricultura
e comercio ainda pelas viagens de férias na
segunda casa no litoral ou no campo e visitas
a parentes.
Os agentes de Viagens e Turismo no Brasil já
abandonaram o turismo brasileiro,
pois não é dele que vivem. Estes agentes não acreditam em turismo
dependente de governo.
A retirada da comissão de venda e a concorrência desleal implantada com as próprias companhias aéreas
via comercio eletrônico matou a iniciativa
que ainda existia. Todos saíram perdendo.
A hotelaria está divorciada
do agenciamento de viagens e turismo, os guias de turismo vivem como free lancers transformando a atividade em
bico, as cidades atendem mal aos turistas e
a maior parte das atrações turísticas são ignoradas pelos turistas
nacionais e estrangeiros.
Os milhares de bacharéis em turismo desempregados representam o desperdício de
uma atividade que devia ter sido a mais
importante do Brasil.
Fechem as secretarias de turismo, pois de pouco servem e
muito custam aos brasileiros. O turismo brasileiro depende
das iniciativas de pessoas que
nada tem a haver com governos.
Não atrapalhem, reduzam impostos, acabem com a burocracia,
forcem a existência de concorrência em tudo e em todos os lugares.
Diante do acontecido nos ultimos 40 anos só nos resta dizer que a liberdade com
responsabilidade é a ação que governo pode oferecer e fazer em prol do turismo do Brasil.
Ernesto Brand Neto