quarta-feira, 1 de abril de 2015

ERROS FATAIS E SEM RETORNO - AGRESSÃO À HISTÓRIA E A NATUREZA

A falsa ideia  de que a preservação das áreas históricas e de  áreas de preservação ecológicas  atrapalham o desenvolvimento é uma estupidez sem retorno, pois qualquer intervenção contra a preservação  não tem  como  voltar atrás ou restaurar sem cicatrizes e custos altíssimos.
A implantação e  aberração  da pirâmide de vidro  no meio do pátio do museu do Louvre  foi resultado da ditadura da vaidade  do presidente da república Miterrand que quis  a todo custo marcar sua passagem  com uma obra estupida  e contra a  maioria da opinião pública francesa.
Agora, escutamos um ministro do turismo brasileiro usar esta estupidez como bom exemplo  de como a intervenção  é possível e positiva. Imaginem a mesma pirâmide  na frente do coliseu em Roma ou  no meio de Ouro Preto em meio as belas igrejas.
Intervir de modo modificador  no paisagismo e no cenário de um espaço que é um testemunho da história é agredir e estuprar  a  realidade  do passado.
O espaço urbano  histórico exige restauro e a preservação e  torna-se  naturalmente um parque temático que  deve reviver o passado como estimulo da própria preservação e desenvolvimento econômico deste espaço. A criatividade estudiosa e a viagem no tempo são  as forças motivadoras de formação e reforço da atração turística deste espaço.   
O sistema turístico e sua integração e inter-relação com todos  espaços geográficos do país e do planeta e as atividades humanas exige  uma estrutura  que oriente e torne-se visível e  estimule e facilite  o autoatendimento do turista.
Brasil pode inovar  ao transformar  suas áreas  históricas e mesmo toda cidade histórica em parques temáticos históricos cuja criatividade na linha de viagem no tempo  pode ser explorado em toda sua amplitude  com  grande criação de  serviços para o turismo e consequente criação de empregos e riqueza.


Ernesto Brand Neto - Turismólogo - Agente de Viagens e Turismo