VIAGEM OU TURISMO ???
Milhões de brasileiros viajam anualmente de férias ou feriados para suas casas de praia, para
casas de parentes ou casas de amigos em todo o território nacional. A maioria das
viagens é feita por via rodoviária
(ônibus, carro, moto) e seguida por via aérea. Este turismo é computado nas estatísticas oficiais como
sendo turismo, no entanto independe de promoção de Ministério de turismo. Este é
o “turismo” da segunda casa.
Milhões de brasileiros viajam anualmente para outras cidades
para tratar da saúde e muitas vezes viajam obrigadas pela falta de serviços
médicos em suas cidades. Milhões de
brasileiros viajam para fazer compras em outras cidades para revender nas suas
e uma enorme movimentação anual de
executivos e empregados de empresas públicas ou privadas em viagens de trabalho também é incluída na estatística oficial como sendo “turismo”
e também independe de Ministério ou
Secretaria Estadual de Turismo.
Movimentações militares, policiais e religiosas de principio
e definição não poderiam ser consideradas turismo.
As viagens de lazer
realizadas no chamado bate-volta ou one day tour sem pernoites com distancias
curtas, normalmente com duração uma hora
de viagem em cada direção também é
realizada por milhões de brasileiros.
Pouca estatística existe sobre
estas viagens.
Viagens motivadas por congressos,
exposições , cursos e eventos
apresentam estatísticas pouco definidas. Este é um fluxo de viajantes basicamente promovido por empresas e iniciativa privada.
As Secretarias Estaduais e Municipais na medida ajudam na logística e divulgação nos casos de carnavais, micaretas, festas
juninas, festas municipais, eventos esportivos tipo maratona.
Todas estas movimentações
domésticas precisam ser identificadas para promover uma política estratégica de
desenvolvimento do turismo.
A avaliação do verdadeiro turismo de lazer e do turismo de eventos que
utiliza hotelaria, restaurantes e serviços turísticos mostra bem se o Ministério e a Secretarias de
Turismo estão tendo ou NÃO
resultados em suas ações e
politicas de desenvolvimento. É o turismo exclusivamente de lazer e ou cultural
não condicionado a outras necessidades ou obrigações. As demais movimentações são importantes para ver o nível de demanda dos meios de transportes e a demanda por serviços públicos.
Podemos dizer que o
Ministério e as Secretarias colocam tudo no mesmo saco como se todas as formas e objetivos de
viagens fossem promovidas por eles. É um
grande engodo que passa como verdade. O
custo/benefício do Ministério do Turismo e das Secretarias é altíssimo.
O turismo receptivo doméstico forma a malha receptiva nacional de transporte e
serviços que antecipa a base do turismo
receptivo internacional. Se o turismo doméstico deixa de ser operado com
fluidez, turismo receptivo
internacional fica em situação ainda
mais difícil.O turismo receptivo brasileiro cresce de modo espontâneo e não planejado.
Ernesto Brand Neto - Turismólogo e Agente de Turismo
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